Passados tantos anos, e como esta coisa das modas é cíclica
desde sempre, calçou os sapatos novamente e por estranho que pareça até lhe
agradou vê-los nos seus pés…
Como a maioria das princesas também tenho um baú onde grado
meia centena de sapatos, alguns só pisam o solo em dias de festa, outros
carregam tantas recordações que não me atrevo a tirá-los do baú (sob pena de
passar a tarde a suspirar) outros simplesmente estão lá a aguarda que as modas
virem e se voltem a usar, alguns estão-me apertados, outros alargaram de mais,
em alguns não me consigo equilibrar, outros precisam de sapateiro. Até à data nunca voltei a calçar sapatos que
outrora usei pelo menos para pisar o chão, alguns já foram usados para pisar
algodão em sonhos passageiros!
Nas relações como nos sapatos:
- Será possível que
anos mais tarde gostemos de nos ver com uns sapatos que havíamos deixado de
usar?
Quando os “sapatos” que queremos (como o melão quer
presunto) não estão disponíveis no nosso nº:
- Será muito arriscado comprar uns sapatos apertados, ou com
o tempo a pele dá?
-E se forem largos, a coisa resolve-se com um par de
palmilhas?
-É o sapato que se faz ao pé, ou o pé ao sapato?
E quanto aquele “par de sapatos” maravilhoso que se
desgastou com tempo e que já não são possíveis de usar, o que lhe fazemos?
E mais vale um par de “sapatos” que nos faça sentir bonitas
ou confortáveis?
Será que há mesmo um “sapato” para todos os pés?
PS- Nem imaginam a pena que tenho de não ter telefone fixo
em casa, apenas para poder deixar (ao bom estilo Carrie Bradshaw)
no atendedor a seguinte mensagem: “I'm not home, but my shoes are. Leave them a message.” PIP
Sem comentários:
Enviar um comentário